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domingo, 15 de agosto de 2010

Em Belo Horizonte somos Atlético e Cruzeiro

Atrasado, mas posto minha primeira mensagem...
Me desculpem os Americanos, mas na copa do mundo percebi o quanto somos Atlético (A)  e Cruzeiro (C) em BH.
Em meu bairro, não sei direito o time que fez o gol quando jogam A e C. Gritam pela janela AAAAAh, mas foi C quem levou o gol de outro time. Para não falar sobre os impropérios contra não sei quem e para quem não torcemos, mas os nossos, ah, se perdermos empatamos porque o outro perdeu também. Gritam o contrário também. Não preciso assistir televisão naquele dia, pois já soube quantos gols foram, mas logo saberei na televisão (ou não, na vida real) quem ganhou.
Assistia a copa do mundo, no dia posterior à derrota do Brasil. Não sei o que houve de manifestação portenha na Plaza de Mayo, mas sei o que houve aqui.
Não torcíamos pela vitória em BH, torcíamos pela derrota do outro.
Me recordo que tentei reclamar dos meus adversários na infância e me ensinaram que eu deveria melhorar a mim mesmo, pois o comportamento dos outros não era de minha alçada. Desde então prestei atenção em mim,  mas cuidando para não ferir ninguém - é claro que erros houve, mas inocentemente, tentei. De repente me pego ouvindo que o comum é torcer pela derrota e não pela vitória. Tentam ensinar aos meus filhos que a derrota do outro é que importa, não a vitória deles.
Perderemos todos, não somos os mais fortes do mundo, nem os mais bonitos, apesar de que filmaram o Leonardo De Caprio na arquibancada da derrota Argentina naquele dia. Mas… onde está a luta pela vitória? Se somos perdedores sempre, torceremos para que aumente o nosso grupo, mesmo que sejam adversários? Não pensaremos em ganhar, pois isto é muito difícil?
Fico falando disto o tempo todo e continuam gritando perto da minha janela...A, CCCCCê...

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